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Porque a gente compra?
Outro dia estava fazendo uma limpa quando encontrei minha agenda de 2014. 2014 foi um ano bem importante pra mim. Foi o ano em que realizei algo que nunca tinha imaginado. O ano que fiz o meu intercâmbio para o Canadá. Sim, com 28 anos e já casada. Lógico que fui dar uma olhada no que tinha por ali 😉
Quando estava em Vancouver anotava frequentemente o que tinha feito, pra não esquecer, sabe como é. Escrevia com quem eu saia, quem conhecia (porque né, quando estamos vivendo em outro país, sozinha, você conhece gente nova quase todos os dias). Foi muito legal reler as minhas anotações. E lendo uma em especial pensei que renderia assunto aqui pro blog.
Nessa anotação eu dizia que estava passando por um dia difícil, com saudade de casa, de saco cheio de ter só que falar em inglês. Até aí tudo bem. É super normal ter dias assim quando se faz intercâmbio. Mas o que foi o que eu fiz nesse dia em especial, em que eu estava triste e melancólica? Shopping. Sim, eu fui às compras. Entrei na minha loja preferida da vida, Anthropologie, fui na Topshop, Sephora. Provei muitas roupas, senti o cheirinho de vários perfumes e saí feliz com algumas sacolinhas. Eu estava sentindo um vazio e na tentativa de tudo ficar melhor, resolvi apelar pro cartão de crédito. Quem nunca fez isso, não é mesmo?
Quando a gente não está bem é comum buscar uma fuga para aquele sentimento. A gente só quer fugir. E comprar é bom.
Comprar provoca aquela sensação de compensação. “Já que estou triste mereço ganhar um presentinho, isso vai me alegrar, me fazer bem”, a gente pensa.
Interessante analisar que enquanto estive em Vancouver foram poucos os dias em que me senti triste. E foram poucos os dias que pensei em ir à compras. Tinha acesso a tantas lojas legais e mesmo assim, não dava bola. Meu foco era outro. Pensava em aproveitar a cidade, em conhecer mais um bairro, em ir a um café diferente, um restaurante, uma livraria.
E curioso pensar que justamente no dia em que me senti pra baixo foi o dia que decidi comprar. A minha companhia ou dos meus amigos não bastava. Pra me botar pra cima precisei ir em busca de coisas que nem ao menos precisava. Claro, a sensação da compra é tão boa! Pena que dura pouco. Muitas vezes dura menos que o tempo de chegar a fatura. E se essa tristeza não passa, o vazio permanece, e continuamos em busca de mais prazer momentâneo. Sim, comprar é bom, dá prazer. Mas é bom a gente analisar porquê estamos comprando. Se não estamos só tapando o sol com a peneira.
Bia
06/02/2016Ando me sentindo assim ultimamente.
Na verdade minha vida nem tá tão boa. Então o sentimento de vazio é frequente.
Mas mesmo quando eu tava bem, comecei a perceber esses sentimentos.
Comprar não me preenche mais. Claro q de vez em quando comprar algo pra me mimar e me sentir bonita faz bem. Mas temos q tomar cuidado pra não viciar. Não comprar por comprar. Parei de seguir blogs de moda. Só esses mais minimalistas. E uma ou outra loja q gosto.
Tento me conscientizar quando estou num shopping quando vou apenas ao cinema. A companhia da pessoa ao meu lado é o mais importante. Tento me concentrar nisso.
Estou consciente. esse é o primeiro passo importante.
Daí é q vemos os valores q realmente importam.
Nati Grazziotin
07/02/2016Com certeza, Bia! Estar consciente é o passo mais importante 😉
Boa sorte na sua caminhada!
Anelise
06/02/2016A mais pura e verdadeira verdade….. buscamos algo para preencher um vazio que as vezes é impossível de preencher…..
Nati Grazziotin
07/02/2016Isso mesmo, Anelise 🙂
Simone Sygney
17/02/2016Seu blog nos oferece uma leitura tão leve e prazerosa que é uma delícia passear por aqui…vc não posta fotos dos seus looks minimalistas? Seriam ótimas inspirações.
Nati Grazziotin
17/02/2016Que comentário querido, Simone! Muito obrigada! Eu posto alguns looks no meu Instagram (natigrazziotin), mas tenho ideias de fazer posts com looks aqui no blog sim 😉 Obrigada pela dica!