Sobre agradecer

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Gosto muito de ler sobre práticas que facilitem o meu dia-a-dia. Sabe aquelas listinhas com 7 coisas? Então! Lendo alguns textos desse tipo, me deparei com uma atitude em particular que se repetia com frequência: agradecer. Ao que parece a gratidão está na ordem do dia. Inúmeros textos sobre o assunto rondam a internet e momentos de gratidão públicas pipocam na minha timeline. Já perceberam? Acho isso lindo. Me arrepia. Consumimos tanta notícia ruim que ler pessoas comuns agradecendo por coisas simples, porém significativas, alivia a alma. Dá aquela impressão de que nem tudo está perdido, sabe?

Agora, que a gratidão e a felicidade estão ligadas não é nenhuma novidade. Muitas religiões e filosofias pregam que temos que agradecer para alcançar a paz. Mas o fato de qualquer pessoa, religiosa ou não, parar por um momento e pensar no que tem para agradecer tem uma ação transformadora.

No momento que você se concentra em coisas boas, há uma mudança de perspectiva, e você passa de mero espectador para agente da sua vida. Isso quer dizer que você tem o poder de escolha, do que quer valorizar com o que acontece na sua vida.

No momento que agradecemos focamos naquilo de bom que temos e somos. Isso não é o máximo?

Uma prova de que agradecer está em alta é o movimento virtual “um agradecimento por dia”. Quem já viu a hashtag por aí? Tudo começou com a psicóloga Deborah Dubner, que em 2010 decidiu tornar público o seu hábito de agradecer. Com o passar dos dias percebeu que mais pessoas estavam fazendo o mesmo e hoje sua página no Facebook conta com mais de 2 mil curtidas. Para saber mais sobre o movimento, vale a pena ver o TED que ela apresentou em 2014.

Há vários estudos científicos e psicológicos que mostram que pessoas que desenvolvem a gratidão são mais felizes, saudáveis, menos estressadas e menos depressivas que outras que não tem esse hábito. Manter um diário de gratidão pode ser bem efetivo, especialmente se o fizer pela manhã ou no fim do dia. Começar o dia com gratidão provoca ânimo, enquanto que à tardinha, cria-se uma sensação de calma, o que ajuda a dormir melhor 🙂

Aí você pode pensar, mas eu sou uma pessoa grata, sempre estou agradecendo. Acontece que o fato de anotar no papel, ou publicar no Twitter, por exemplo, cria um senso de realidade para aquele agradecimento. Faz com que ele seja mais palpável. E melhor, você ainda pode voltar e reler em um dia triste. Imagina que legal poder relembrar de coisas boas que aconteceram e que você provavelmente não lembraria – ainda mais em dias que estamos voltados para os pensamentos negativos? Outra razão que faz com que anotar os agradecimentos seja tão terapêutico é que anotando as coisas pelas quais somos gratos nos força a celebrar o presente, melhorando a auto-estima e bloqueando emoções negativas.

Como diria Brene Brown,  “não é possível ser estressado por alguma coisa quando você está sendo grato por isso.” 

É ou não é?

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2 Comentários
  • Fabiola
    20/02/2016

    Agradecer e um gesto que aprendemos desde cedo, muito significativo para os dias de hoje, que nos transmite uma paz de espirito, e alem do mais, contagiante. Parabens Nati, pelo belo texto.