Passei a semana inteira me recuperando de uma gripe bem forte. No último domingo, acordei – depois de ter passado uma noite péssima – e decidi ir até o pronto atendimento me consultar, receosa de que pudesse estar começando uma pneumonia, tamanha a dor que sentia quando tossia.
No fim, descobri que estava com influenza B.
Com o diagnóstico em mãos pude tomar as decisões que precisava tomar: não ir almoçar com a família, ficar em casa para descansar, não levar as crianças nas atividades pelos próximos dias, e nem na aula, até passarem os meus sintomas.
A clareza que eu tive quando descobri o que tinha me levou a tomar as decisões que tomei.
Se eu não tivesse ido atrás para saber o que tinha, não teria tido essa clareza, e minhas próximas ações não teriam sido as mesmas.
Fiquei pensando em como podemos levar isso para a forma com que levamos a vida.
Se ficamos só imaginando ou pensando sobre o que quer que seja, nunca teremos clareza de nada.
Porque a clareza vem das ações, não dos pensamentos.
Quantas vezes a gente fica esperando a certeza chegar para, então, agir?
Não adianta ficar parado esperando ter certeza porque ela só vem, depois que experimentamos: quando percebemos como os nossos desejos/ideias/sonhos se comportam na prática.
É só no movimento, quando você se sente naquele lugar em que imaginou, que poderá saber se aquilo é ou não pra você.
E é aí que a clareza vem.
Planejar e imaginar fazem parte do processo. Mas é só o início.
O problema é quando passamos muito tempo nessa fase e não avançamos.
Uma hora você precisar agir, mesmo sem certeza de que as coisas irão “dar certo”.
A certeza vem quando estamos ali, vivenciando e sentindo na prática. E só ali, na prática, que poderemos tomar as próximas decisões, embasadas naquilo que é real, palpável, e não em cenários que imaginamos dentro de nossa cabeça.
Eu sei, ficar na imaginação é bem mais confortável. Afinal, dentro de nossa cabeça, temos tudo sob controle. E se não colocamos em prática, temos a sensação de que, também, não falhamos. É como se estivéssemos protegendo a ideia, o sonho ou desejo.
Mas veja o quanto isso pode ser ilusório?
O exercício é largar a mão da certeza e abraçar o movimento.
Só assim a clareza vem, pois nada, nada, supera a ação.
Para refletir: que movimentos você precisa colocar em prática para ganhar clareza?
Um ótimo domingo pra gente 😉
Com carinho,